.Atualmente temos visto muitas discussões sobre a avaliação e a melhoria da qualidade educacional.
Nas últimas décadas, sistemas de avaliação em larga escala foram criados, incentivados e amplamente divulgados, dentre eles estão IDEB, SPAECE, Prova Brasil. Atualmente, cada escola é ranqueada, avaliada e medida pelas mais diversas avaliações.
Esses resultados vem determinando se o trabalho é de qualidade ou não, a partir dos resultados alcançados.
A Avaliação
O ato de avaliar é muito complexo e para que este ato traga resultados positivos para educação, os números e o ranking (dados quantitativos) devem ser analisados, compartilhados e discutidos por todos os atores envolvidos. Hoje só visualizam uma pequena parte de algo muito mais amplo e útil ao nosso sistema de educacional. Classificam as melhores e as piores escolas e redes de ensino.
É urgente irmos além do ranking, além dos dados e gráficos, para termos resultados efetivos na educação brasileira.
Precisamos dar vida, nome e qualidade a esses dados. Utilizando-os como informação pedagógica relevante para uma intervenção junto aos envolvidos nesse processo.
A avaliação só faz sentido se gerar ações a partir dos resultados expressos pelos dados.
O que vemos é uma ampla divulgação dos números pelos números. O que nos leva muitas vezes a termos a impressão que estamos tendo resultados satisfatórios, enquanto, na verdade, ainda há muito a ser feito.
Consciência dos dados
Os profissionais que atuam no chão da escola e que fazem a educação realmente acontecer, de fato precisam conhecer, compreender, trabalhar conscientemente com os dados que são apresentados a eles, para que possam traçar um plano de ação que traga resultados positivos na aprendizagem dos alunos.
É preciso reconhecer e assegurar o direito de aprender de cada um e de todos os alunos. Para isso é preciso analisar pontualmente os resultados, de forma dinâmica e num espaço mais curto de tempo.
A avaliação é, sem dúvida, um excelente instrumento para o fortalecimento do sistema educacional que cada envolvido na educação constrói diariamente, basta ser utilizada de maneira adequada. Não apenas para classificar, mas para poder dar igualdade de possibilidades a todos.
MARIA LUIZA COSTA SAMPAIO LIMA
Gestora Educacional / Mestre em Educação