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Estratégias pedagógicas: Avanços em sala de aula

Estratégias pedagógicas: Avanços em sala de aula

As estratégias pedagógicas são importantíssimas para o dia a dia do professor e consequentemente para o melhor aprendizado do aluno.

Um grande erro é pensarmos no professor como um profissional que estabelece previamente técnicas de ensino seguindo-as à risca.

O profissional da educação deve ser considerado como um artista que embora crie estratégias de ensino possui total autonomia para inovar, aprimorar e até mesmo improvisar os métodos em sala de aula e é sobre isso que falaremos a seguir.

Estratégias pedagógicas: Simular situações reais

A primeira estratégia pedagógica é tornar as aulas mais dinâmicas e práticas proporcionando a aplicação do conteúdo no dia a dia dos alunos fora da escola.

Assimilar o conteúdo dos livros didáticos a situações reais do cotidiano dos estudantes ajuda no engajamento da turma como um todo, estreitando a relação entre educadores e aprendizes.

Outra alternativa interessante é usar metáforas visando um melhor entendimento de questões rebuscadas, tornando a linguagem mais informal e simples.

A metáfora tem a importante função de enriquecer o nosso vocabulário e se divide em dois elementos básicos:

  • O termo real: A frase ou contexto original.
  • O termo imaginário: Aquele que se faz referência ao primeiro.

O ideal é compará-los mostrando a semelhança entre as duas entidades.

Estratégias pedagógicas: Metodologias ativas / PBL

As metodologias ativas baseiam-se em algumas alternativas que podem complementar o ensino tradicional incentivando o aluno a ter um papel mais ativo na própria aprendizagem.

Ao invés de manter-se sentados passivamente em uma cadeira enquanto o professor explica, os alunos realizarão ativamente tarefas que estimulem:

  • Pensar com senso crítico;
  • Debater ideias;
  • Ter iniciativa;
  • Aprender como absorver o conteúdo.

Existem várias metodologias, entre elas a atividade baseada em problemas conhecida como (PBL) onde o professor apresenta um problema e os alunos devem propor uma solução, facilitando o estudo e a discussão dos mesmos para sanar a questão proposta.

O interessante é que eles precisam descobrir quais habilidades e conhecimentos são necessários adquirir para aplicar à situação problema.

Alguns fatores para inserir a tarefa em sala são:

  • A situação problema deve ser uma situação real;
  • Deve estar relacionada ao tópico que o educador deseja desenvolver com os estudantes;
  • A questão não deve ser rebuscada ao ponto de desestimular os alunos. Porém nem tão fácil ao ponto de ter uma resposta óbvia.

A PBL estimula as capacidades de pensar criticamente, trabalhar em grupo, resolver problemas e argumentar.

Habilidades estas que serão muito úteis em várias situações no futuro dos indivíduos.

Instrução por pares

A instrução por pares é uma outra metodologia com um formato distinto da PBL, funcionando da seguinte maneira:

  1. Antes da aula os alunos precisam estudar sozinhos materiais indicados pelo professor.
  2. A aula começa com uma breve exposição em torno de 10 à 15 minutos sobre o conteúdo ao qual o educador deseja ensinar naquela aula.
  3. O professor apresenta algumas questões de múltipla escolha e dá a turma alguns minutos para pensarem e responderem individualmente.

Caso uma parte considerável dos alunos erre uma questão o professor reunirá pequenos grupos de debates. Assim os alunos podem discutir sobre suas respostas com os colegas e tentar convencer uns aos outros de que a resposta escolhida por eles é a correta.

Após a discussão o professor fará um novo levantamento das respostas individuais e caso grande parte acerte dessa vez, o educador apresenta a solução certa e tenta tirar dúvidas que ainda restaram.

Veja como usar a avaliação a serviço da aprendizagem.

Aula invertida

Na aula tradicional os alunos são expostos à um conteúdo em sala podendo fazer exercícios em casa, é aí que ocorre uma inversão nas coisas.

Na aula invertida, o aprendiz estuda o assunto antes da aula através de materiais como vídeos ou aplicativos indicados pelo professor e por fim ele deve aplicar na escola o que aprendeu, por meio de exercícios propostos em sala.

A grande vantagem é que cada integrante da turma pode aprender no seu próprio ritmo. Assim, ele pode pausar ou assistir repetidas vezes o vídeos indicados pelo professor.

Caso ele permaneça com dificuldades para realizar a tarefa ele poderá contar com o auxílio do professor e dos demais colegas.

Aprender a como aprender: Técnicas de memorização

O primeiro passo para ensinar técnicas de memorização aos estudantes é se certificar que a turma absorveu o conteúdo de forma pertinente.

O ideal é evitar a memorização solta de informações, comumente conhecida como “decoreba”.

Para que o cérebro possa memorizar uma informação, a mesma deve ser dotada de relevância.

Fazer com que o cérebro reconheça uma informação como importante depende de três técnicas denominadas “as três colas da memória”:

  • Repetição
  • Associação
  • Emoção

A dica é estudar a fundo o processo de cada uma delas para orientar e incentivar os estudantes a inseri-las como novos hábitos na rotina de estudos.

Conclusão

Várias pesquisas científicas têm constatado que as metodologias ativas tendem a promover uma melhor aprendizagem quando comparadas ao ensino tradicional.

Porém, alguns estudantes podem achar que professores que utilizam metodologias ativas estão tentando “enrolar”.  Pois eles estão muito acostumados ao modelo de aula expositiva e passiva.

Por isso o educador que deseja adorar tais técnicas de ensino deve reservar um bom tempo para explanar a respeito dos novos métodos que deseja aplicar e quais as vantagens dos mesmos se comparados ao ensino tradicional.

As metodologias ativas não precisam substituir totalmente às estratégias convencionais mas devem complementá-las enriquecendo a experiência de aprendizado do estudante.

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